Parecia que o Veloso, um dos botecos mais famosos de São Paulo, não viveria sem Souza. E que Souza, como é chamado o bartender Deusdete de Souza, não viveria sem o Veloso.
Mas a união de treze anos foi desfeita em maio, quando o perito em caipirinhas se despediu do bar que ajudou a abrir, na Vila Mariana, para inaugurar o Esquina do Souza, na Pompeia, junto com a mulher, Tatiana Balbino.
Quatro vezes vencedor da categoria barman do ano na edição especial VEJA COMER & BEBER enquanto estava no Veloso, é ele quem prepara os drinques — nos últimos anos passados na casa anterior, supervisionava o trabalho dos assistentes.
A caipirinha clássica — limão, cachaça, açúcar —, feita com a fruta em fatias finas, mostra-se balanceada e pode ser acrescida de gengibre — o resultado é ótimo.
Também funcionam combinações como caju com limão-taiti e tangerina com pimenta dedo-de-moça, ainda que esta tenha chegado meio aguada, um tropeço.
Sem amarras, o profissional bota a criatividade para trabalhar na versão de abacaxi, coco seco e hortelã, que dá certo. O drinque é servido em copo alto e custa R$ 20,00, com cachaça, e R$ 24,00, com vodca.
Com salão simples e pequeno, o boteco dispõe de mesas na calçada — os melhores lugares —, onde o público do bairro alterna as caipiras com chope Brahma (R$ 8,50) extraído no copo de vidro fininho.
Mordiscar um bolinho de carne úmido (R$ 30,00, seis unidades) e saborear um canapé de filé à milanesa com queijo prato (R$ 36,00 a porção) são outros prazeres locais.
Avaliação: BOM (três estrelas)
Clique para conferir o cardápio:
Que bom que você veio até aqui. Comente neste post ou me escreva no e-mail saulo.yassuda@abril.com. Siga minhas novidades no Instagram @sauloy.