Grandes filas se formaram em janeiro diante das bilheterias do Teatro Brigadeiro, localizado na avenida do mesmo nome, quase no centro. Mais de 10 000 pessoas pagaram ingresso para assistir ao espetáculo “Rua Azusa, O Musical”, que não traz nenhum global em sua ficha técnica e tampouco efeitos especiais importados da Broadway. A atriz Claudia Raia e o ator Jarbas Homem de Mello estão entre os que passaram por lá e elogiaram o que foi ouvido e visto no palco.
Escrito e dirigido por Caíque Oliveira, “Rua Azusa, O Musical” encontrou o seu nicho graças ao apelo das canções gospel e, a partir desta sexta (8), abre temporada no Teatro Procópio Ferreira, na Rua Augusta, a caminho da elite dos Jardins. As apresentações serão nas sextas, às 20h, sábados, às 14h30 e 19h30, e domingos, às 14h30, com ingressos entre R$ 50,00 e R$ 90,00.
A trama se desenvolve em dois tempos. Em 1906, William Joseph Seymour, filho de escravos, liderou o chamado movimento da Rua Azusa, que quebrou barreiras raciais e eliminou a distinção entre brancos e negros no local. Já, nos dias de hoje, a jovem Elizabeth sofre com a impossibilidade de ser mãe e luta para que seu marido aceite adotar Maria, uma criança negra, que enfrenta as marcas de uma sociedade racista. Em meio ao elenco de 47 atores estão Adhemar de Campos, Aline Menezes, Benner Jacks, Fabricio Bittencourt, Jéssica Augusto, Kaiky Mello, Otavio Menezes, Soraya Moraes e Thales César.