O ator Ney Latorraca é mestre em formular frases de efeito e fica feliz de muita gente ainda levar a sério suas piadas. Poucos dias antes da estreia de Vamp — O Musical em São Paulo, declarou que, depois dessa temporada, entraria para o time dos aposentados. Segundo ele, foi o que bastou para que todos os holofotes se voltassem para o seu lado.
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“Imagina, eu recebi um convite para protagonizar Rei Lear, de William Shakespeare, em 2018, e jamais desperdiçaria essa grande oportunidade”, conta o intérprete santista, de 73 anos, criado em São Paulo e radicado há quatro décadas no Rio de Janeiro. “Até tenho condições de me sustentar pelo resto da vida, não sou um homem caro, mas só abro mão do palco quando tiver o risco de ficar babando diante da plateia”, completa.
+ A volta por cima de Ney Latorraca: leia a matéria na íntegra
Em uma poltrona do apartamento que mantém no bairro de Higienópolis, Ney Latorraca fez uma coisa que parece não lhe custar muito. Falou, falou e falou sem parar diante dos assuntos sugeridos. Nessa conversa, o artista confessou que ainda se surpreende com o sucesso do Conde Vladimir Polanski, o Vlad, principalmente com as crianças, afirma que construiu uma carreira na zona de risco, criticou a caretice e o preconceito que ronda a sociedade e, em um rompante, decreta que esta foi sua “última entrevista”. Antes, porém, manda um recado… Faria qualquer coisa para trabalhar com Zé Celso Martinez Corrêa. “Acho ele genial”, elogia.
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