Eleito o homem mais bonito do Brasil nos anos 70, Pedrinho Aguinaga frequentou as melhores festas, namorou as mulheres mais lindas e fez um comercial de TV que o marcou para sempre, tornando-se um dos rostos mais conhecidos do país. Desde os anos 80, no entanto, pouco se ouve falar dele.
Pedro nasceu em 1950, no Rio de Janeiro. É filho de um dentista que nunca exerceu a profissão e de uma oficial da Marinha Mercante Americana. Seu pai era figura constante na vida social da época, amigo pessoal do colunista Ibrahim Sued, de Juscelino Kubitschek e de Tancredo Neves. Vivia bem vestido e adorava receber os amigos em casa, sempre em alto estilo.
O menino herdou do pai a beleza e o gosto pela alta sociedade. Em 1970, foi eleito o homem mais bonito do Brasil no programa de Flávio Cavalcanti. A partir daí, era constantemente convidado para todo tipo de evento social, onde era sempre bajulado. Nesse tempo teve affairs com as mais lindas mulheres do Brasil, entre elas Vera Fischer e Rose de Primo, além de ter sido casado com Monique Evans, com quem tem um filho.
Entre as internacionais, constam nomes como os de Liza Minelli, Marisa Berenson, Demi Moore, Maria Callas e Bianca Jagger, que ele diz que correu atrás dele por Londres, com a perna quebrada! Foi amigo de Andy Warhol, do bailarino Rudolf Nureyev e do diretor Pier Paolo Pasolini.
Em 1976, fez o comercial que o marcaria para a vida toda, o do cigarro Chanceller, cujo slogan “o fino que satisfaz” ficou na memória do público por gerações. Fumante inveterado desde os 11 anos de idade, atuou com naturalidade, mas diz que teve intoxicação por conta dos quase 100 cigarros que teve que fumar para fazer o filme e as fotos. Foi parar em um hospital.
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Nessa época também fez alguns filmes para cinema, como Banana Mecânica (1974), produzido por seu amigo Carlos Imperial, e o controverso Rio Babilônia (1982), de Neville d´Almeida. Também dois filmes dos Trapalhões. Na TV, participou das novelas Locomotivas (1977) e Começar de Novo (2005), além do programa Você Decide, em 1995.
Atualmente, vive em Copacabana, em um apartamento em um prédio que foi de sua avó. Afastado da mídia, se sustenta basicamente do que restou da herança do pai, de aluguéis de imóveis da família, ou de algum trabalho que ainda, de vez em quando, aparece. Não tem carro, prefere andar de bicicleta e caminhar.
Aos 67 anos, não se preocupa nem com consultas médicas. Sempre que precisa, é atendido por amigos. Ainda em boa forma, pratica exercícios físicos regularmente. A vida noturna ficou para trás, hoje pratica meditação.