Por Arnaldo Lorençato
Atrás dos tapumes do número 1826 da Alameda Santos está sendo erguido um edifício comercial. Até setembro de 2013, foi ali que funcionou o Massimo, um dos melhores italianos da cidade. Era um projeto do piemontês Felici Ferrari, que morreu pouco antes de a casa ser inaugurada, em 25 de janeiro de 1976.
O posto de anfitrião foi assumido pelo filho Massimo. Embora não cozinhasse, o homenzarrão de 1,87 metro e 120 quilos entendia como poucos de culinária e recomendava pratos como o formidável grelhados dos pescadores. Suas mesas eram disputadas por socialites e políticos, a exemplo do ex-ministro Delfim Netto.
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Em 1994, durante almoço em homenagem à seleção tetracampeã, o atacante Viola, do Corinthians, perguntou ao garçom se serviam por lá coxinha. Não serviam, mas havia carpaccio e tiramisu, pratos que teriam sido lançados por aqui pelo estabelecimento. “Fomos um dos primeiros”, corrige o restaurateur, com modéstia.
O declínio da casa, premiada por VEJA COMER & BEBER como a melhor de sua categoria em 1999 e 2003, começou com a saída de Massimo, em 2007, por desentendimentos com o irmão e sócio Venanzio. Desde então, ele atua como consultor gastronômico da rede Globo.