Memória

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Documentário conta a história dos Aqualoucos

A trupe de "palhaços da piscina" divertiu o público por gerações

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 nov 2017, 17h42 - Publicado em 17 nov 2017, 07h00
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  • Na década de 50, uma equipe de atletas começou a fazer estripulias durante seus treinos no Clube de Regatas Tietê, na Zona Norte. Brincadeiras e palhaçadas divertiam quem estivesse por lá, e as micagens improvisadas acabaram se tornando quase um número circense, levando-os ao estrelato. Eles ficaram conhecidos como Aqualoucos, e divertiram o público por mais de quarenta anos.

    Tudo começou quando Oswaldo Lopes Fiore, ao treinar seus saltos ornamentais na piscina do clube nos anos 50, percebeu que o público caía na risada quando às vezes ele se desequilibrava. Então, começou a fazer de propósito, e logo foi seguido por outros atletas, que perceberam a brincadeira. Começaram a bolar esquetes, como empurrar uns aos outros na hora de pular do trampolim, ou saltar todos juntos. Isso divertia muito os frequentadores do clube.

    anos60
    Os Aqualoucos nos anos 60 (Divulgação/Veja SP)

     

    Os convites para se apresentar em outros lugares apareceram, e os primeiros cachês por apresentação também. Começaram a viajar o país todo fazendo esses esquetes, e com o passar dos anos, tornaram-se conhecidos nacionalmente. Adotaram o nome de Aqualoucos, e como uma família de circo, passaram a tradição aos seus descentes por gerações.

    Seu uniforme de trabalho era uma roupa de banho listrada. Cada Aqualouco era um personagem que tinha suas próprias características, e o público se habituou a isso. Tinha o Bêbado, o Homem-Tocha, o Caçarola, o Manolo, o Fotógrafo, o Palhaço e, entre um número e outro, um deles sempre se feria numa manobra mais ousada, mas todos levavam isso na brincadeira. Casos de fraturas eram comuns.

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    Comercial da Kibon com os Aqualoucos na década de 60:

    O auge dos Aqualoucos foi nos anos 60 e 70. Na década seguinte, as pessoas começaram a perder o hábito de ir a clubes, e as piscinas foram fechando, deixando os rapazes com poucas opções de trabalho. Além disso, suas brincadeiras inocentes já não chamavam mais a atenção como antes, seu público havia mudado! Eles tiveram uma sobrevida nos anos 80 e início dos 90, mas o fim da década viu também o fim da trupe.

    hoje
    A última geração dos Aqualoucos, nos dias de hoje (Dilvulgação/Veja SP)

     

    O cineasta Victor Ribeiro é filho de um dos membros da terceira geração dos Aqualoucos, o Caçarola. Em 2013, ele resolveu contar a história do grupo através de um documentário de curta-metragem, e pra isso buscou um financiamento coletivo no site Catarse. Com a campanha em andamento, ele começou as pesquisas históricas sobre a trupe, mas tanta informação interessante chegava, que ele percebeu que um documentário curto não seria o suficiente. Assim, mudou os planos e buscou um financiamento em uma grande produtora. A Paris Produções, ligada à Paris Filmes, abraçou a ideia na hora, assim como a Globo Filmes.

    O trabalho finalizado pode ser conferido já! O filme estreou na última quinta feira (9) e está em cartaz no Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Frei Caneca. É uma excelente oportunidade para conhecer a história dos “palhaços da piscina”, que tanta alegria deram a gerações de fãs.

    Trailer oficial de Aqualoucos

     

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