Uma das principais companhias de dança da capital, o Balé da Cidade comemora meio século de atividades neste ano. Ligado ao Teatro Municipal, o grupo foi criado na gestão do prefeito Faria Lima, durante a ditadura militar, com o intuito de acompanhar as óperas da casa. Então chamado Corpo de Baile Municipal (o nome mudou no início dos anos 80), estrelava apresentações focadas apenas nos passos clássicos, sob o comando de Johnny Franklin.
A principal revolução do elenco se deu a partir de 1974, quando entrou em cena Antonio Carlos Cardoso. Auxiliado pela coreógrafa Marilena Ansaldi, o diretor instituiu um estilo contemporâneo, seguido até hoje. Na época, muita gente discordou das mudanças e deixou a equipe. A companhia foi conquistando espaço com um repertório mais expressivo e relevante, com criações de profissionais experientes, como o argentino Oscar Araiz. Desde então, passaram pelo posto de diretor Luis Arrieta, Klauss Vianna, José Possi Neto… Ismael Ivo é o atual comandante dos 32 afiados bailarinos.
Em meio às comemorações, o orçamento da turma deve subir neste ano. A previsão é de 2,3 milhões de reais, contra 1,1 milhão em 2017. O balé, que tem no currículo apresentações de 210 obras, está em cartaz com a peça em homenagem a Caetano Veloso Um Jeito de Corpo, até domingo (25), no Teatro Municipal.
Em 2018, a São Paulo Cia. de Dança, do governo do estado, também está em festa. Dona de um legado de produções de excelência, ela celebra uma década de existência. Sua próxima temporada começa em junho, no Teatro Sérgio Cardoso.