Os vinhos tintos, frequentemente associados ao inverno e a pratos mais substanciais, também encontram seu lugar no universo do verão. Nessa estação, a preferência por tintos mais refrescantes, capazes de harmonizar com comidas mais leves, é uma escolha atraente.
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Essa versatilidade dos rótulos que normalmente oferecem mais frescor e uma maior expressão de frutas frescas está principalmente em opções de safras jovens, com um menor teor alcoólico, boa acidez e uma menor concentração de taninos. Essa vivacidade é acentuada pela acidez presente no líquido, conferindo-lhe um toque refrescante que se encaixa perfeitamente nos dias quentes.
O menor teor alcoólico contribui para uma sensação mais leve no paladar, tornando essas opções ideais para serem apreciadas em um ambiente descontraído. Além disso, a menor concentração de taninos é importante. Essas substâncias provenientes das cascas das uvas tintas conferem adstringência e corpo à bebida.
Nos tintos escolhidos para o verão, a presença mais sutil de taninos permite que a fruta brilhe sem dominar, proporcionando vinhos mais fáceis de tomar. Isso os torna parceiros ideais para uma variedade de pratos leves, como saladas frescas, frutos do mar grelhados e carnes brancas.
Ao eleger tintos mais adequados para o verão, é importante considerar a diversidade de uvas disponíveis. A pinot noir, conhecida por sua elegância e acidez, é uma escolha clássica.
Existem, contudo, muitas outras variedades que se prestam à produção de líquidos nesse estilo, como gamay, grenache, tempranillo, frappato, nerello mascalese, país, cinsault, dolceto, moreto, jaen, alfrocheiro, bastardo/trousseau, entre muitas outras.
Ao explorar o mundo dos tintos no verão, descobrimos uma paleta diversificada de possibilidades, que abre nossas mentes e paladares a novas experiências.
Morgon Alphonse Desclas 2019 Do produtor Domaine du Père Guillot. Um cru de beaujolais, elaborado com a uva gamay. Rubi entre claro e escuro. Aroma de frutas vermelhas frescas, framboesa, groselha, especiarias, banana. Paladar leve, macio, acidez moderada, taninos baixos, fácil de beber. R$ 79,90 na Evino.
Namorico Tinto Da vinícola Parras Wines, da região de Lisboa, em Portugal. Elaborado com mistura de safras das castas castelão, touriga nacional e tinta roriz. De cor granada entre clara e escura. Aroma de médio ataque, com notas de frutas vermelhas maduras e ervas. Paladar leve, macio, com apenas 12,5% de álcool. R$ 44,59 na Wine.
Les Plants Nobles Pinot Noir 2021 Do bom produtor Ropiteau Frères, com uvas pinot noir, do sul da França, um terço do vinho estagia em barricas usadas. De cor rubi entre clara e escura. Aroma de cerejas, defumados, algo de madeira. Paladar leve, com acidez presente, uma ponta de açúcar aparece, com apenas 12,5% de álcool. R$ 82,24 na Wine.
Cardilla Frappato 2021 Do produtor Carlo Pellegrino, da sicilia, na itália. Elaborado com a casta local frappato, que tipicamente produz tintos leves e refrescantes. Cor rubi entre clara e escura. Aroma de cereja madura e groselha. Paladar leve, fresco, macio, com ponta de doçura. R$ 105,76 na Wine.
Publicado em VEJA São Paulo de 09 de fevereiro de 2024, edição nº 2879
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