✪✪✪ Apesar de o título indicar uma coisa, Tom Hanks não é O Pior Vizinho do Mundo. O filme, em cartaz nos cinemas, adapta a produção sueca de mesmo nome (que é tão emocionante quanto e foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2017).
+Oscar 2023: onde assistir aos principais indicados?
Na trama, conhecemos Otto Anderson (Hanks, sempre ótimo em tela), um viúvo rabugento extremamente apegado a seguir regras – e a fazer com que sua comunidade também seja organizada. Mas, quando um casal e seus dois filhos pequenos se mudam para a casa da frente, Otto passa a criar um laço com a matriarca, Marisol (Mariana Treviño).
De início, o contato é praticamente forçado pela carismática mulher. Mas essa amizade improvável passa a ser uma nova fonte de alegria ao protagonista, que já havia se acostumado a estar isolado. Outro ponto interessante do longa é que o conjunto residencial onde todos eles vivem pode ser demolido por uma grande construtora.
Essa ameaça une o núcleo de personagens (que envolve, ainda, um jovem vizinho e um casal de idosos bem próximo de Otto e sua falecida esposa). São inúmeras cenas tocantes, mas nenhuma delas apela para arrancar lágrimas do espectador. A atuação de Hanks, como já era de se esperar, alcança esse nível de sensibilidade de um jeito natural.
Publicado em VEJA São Paulo de 1 de fevereiro de 2023, edição nº 2826
+Assine a Vejinha a partir de 9,90.