Está em cartaz nos cinemas a refilmagem de Chamas da Vingança, clássico suspense do escritor Stephen King que, em 1984, teve Drew Barrymore no papel principal. Apesar de não trazer muitas cenas sombrias quando comparadas a outras obras do autor (como O Iluminado), este é o capítulo introdutório de uma possível franquia. Por isso, as explicações tomam conta da maior parte da história – o que pode decepcionar os espectadores que aguardam apenas terror.
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Protagonizado por Zac Efron (Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal), Sydney Lemmon (Fear the Walking Dead) e Ryan Kiera Armstrong (American Horror Story: Double Feature), o filme apresenta Vicky (Ryan), dona de poderes pirocinéticos extraordinários que deve fugir de uma agência federal que busca prendê-la para realizar estudos.
Andy (Efron) e Vicky (Sydney), pais da garota, tentaram escondê-la da misteriosa organização por mais de dez anos, mas sua localização é exposta. Eles também têm grandes poderes, mas evitam usá-los por medo da exaustão física e, claro, para não serem encontrados. Ambos ensinaram Charlie a desarmar sua capacidade de criar fogo, que é desencadeada pela raiva ou pela dor. Mas, com apenas 11 anos e no auge de suas emoções, a menina não é capaz de segurar o impacto das chamas, cada vez mais difícil de reprimir.
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Efron tenta trazer profundidade ao personagem, mas o roteiro impossibilita a imersão para além de clichês do gênero (como o fato de a força do trio ter se originado a partir de experimentos científicos). A luta entre o “bem e o mal” é travada de forma básica, mas ao menos a jovem Ryan faz um bom trabalho ao encarnar Vicky. O medo e a raiva disputam o controle de seu corpo enquanto ela precisa compreender o peso de suas escolhas no futuro.