✪✪✪ Darren Aronofsky não faz filmes tão agradáveis de assistir. Mas é assim que o cineasta de Cisne Negro e mãe! se destaca: narrando histórias incômodas que ficam marcadas na mente por um tempo. É o caso de A Baleia, que chega aos cinemas em 23 de fevereiro e traz Brendan Fraser em uma atuação impactante — que até pode lhe render o Oscar de melhor ator em março.
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No entanto, a performance do astro é o melhor elemento do longa, que, por sua vez, vai perdendo a força ao se passar no mesmíssimo espaço do início ao fim (no caso, o apartamento do protagonista com obesidade severa). A experiência é um tanto exaustiva tanto pela temática, que envolve um homem solitário e em guerra com seu passado, quanto pela fotografia, quase sempre escura.
Pessoas como a amiga enfermeira, a filha rebelde e um jovem cristão entram e saem do local, enquanto Charlie (Fraser) dá aulas pelo computador e cada vez mais afunda em uma realidade não muito acolhedora.
Publicado em VEJA São Paulo de 22 de fevereiro de 2023, edição nº 2829
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