Há quanto tempo você não recebe uma carta de alguém? Essa pergunta inquietava Alexandre Coimbra Amaral, psicólogo e terapeuta familiar. Convidado de Helena Galante para o episódio #63 do podcast Jornada da Calma, ele fala da sua paixão vintage pelas cartas, do cheirinho que as pessoas colocavam no papel às marcas de lágrimas que de vez em quando tomavam a correspondência. Autor do livro Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise, do selo Paidós, da Editora Planeta, Alexandre imagina o que sentimentos humanos como a culpa, a raiva e a saudade nos escreveriam.
No capítulo dedicado ao medo, ele reverte a impressão que muitos de nós temos sobre essa emoção. “O que o medo vem dizer nessa carta é que ele não quer ser um fantasma. O avesso do medo não é a coragem, é o nós. A gente vence o medo de mãos dadas, com as pessoas que fazem sentido pra gente e deixam a gente mais forte”, afirma. Na carta do abraço, que escreve diretamente do futuro pós-pandemia, fala mais alto a esperança e a compaixão para com o momento que enfrentamos. “Sobreviver à uma crise já é uma grande performance. Depois que ela passa a gente tira lições.”