Vivemos em um mundo de estresse, correria, competitividade, ansiedade, Covid, guerra… Somos literalmente bombardeados por um excesso de estímulos externos que nosso sistema nervoso não consegue suportar.
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E essa nefasta cadeia está formada com nossa permissão, digase de passagem! Sem dúvida, um mundo difícil de entender.
As siglas americanas Vuca e Bani bem definem nossa vida atual:
Volatile = Em constante movimento, o mundo sem segurança.
Uncertain = Incerto, não podemos prever o próximo minuto.
Complex = Complexo e de difícil entendimento.
Ambiguous = Tudo anda ambíguo, alguém duvida disso?
Brittle = Um mundo frágil, que pode quebrar.
Anxious = As pessoas estão a cada dia mais e mais ansiosas.
Nonlinear = Imprevisível ou não linear.
Incomprehensible = Uma realidade de difícil compreensão.
Estamos permanentemente em busca de algo que não existe, algo não verdadeiro, até fictício.
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Esse modus vivendi atual resulta em uma outra pandemia muito mais grave do que podemos imaginar: a pandemia do estresse crônico, da ansiedade, do medo e da depressão.
Segundo trabalho feito por Susan Andrews, do Instituto Visão do Futuro, o ser humano pode aguentar de cinco a seis picos de estresse por dia. Mas as pesquisas comprovam que o paulistano pode chegar a ter cinquenta picos diários, aumentando dessa maneira o nível de cortisol, tão prejudicial para o nosso organismo.
Seguindo o princípio da dualidade inerente à existência do nosso planeta, da mesma maneira que estamos no fundo do poço sob essa perspectiva, estamos também entrando na alvorada de uma nova era. Uma era na qual a consciência será a grande personagem da nossa futura história.
O mundo está sempre em constante movimento, em constante modificação, seguindo os momentos de apogeu e queda simultaneamente. Sair do egocentrismo individual e começar a agir em termos de comunidade, coletividade, de uma abrangência maior: isso é o que a vida nos pede neste momento.
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Precisamos aproveitar essa grande oportunidade de evolução. Vamos treinar sair deste mundo de formas e matéria (ainda que permanecendo nele) e penetrar no âmago do nosso ser, na nossa verdadeira essência onde somos todos um, sem separação.
Há anos ouço dos meus mestres indianos que a saída não é para fora, mas sim para dentro.
E aqui quero compartilhar com vocês uma frase de Alvin Toffler — escritor futurista americano: “Os iletrados da Grécia Antiga eram aqueles que não sabiam ler nem escrever. Os iletrados do século XXI são aqueles que não sabem desaprender para reaprender”.
Nada se faz mais necessário do que mudarmos a linha de base de nosso comportamento. É imprescindível começarmos imediatamente um trabalho de pesquisa interna, de autorreflexão, de auto-observação para irmos fazendo as mudanças necessárias para essa transformação.
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É somente através de um minucioso trabalho interno que poderemos evoluir nesse sentido, indo além do nosso ego individual, penetrando na magnitude da expansão da nossa consciência utilizando inúmeras maneiras disponíveis para esse crescimento.
E é dessa forma que vamos aumentar nossa resiliência. É dessa maneira que vamos em busca da nossa melhor versão como seres humanos para finalmente, juntos, criarmos um mundo mais justo, mais pleno e mais feliz para todos.
No meu humilde entender, a tal da felicidade pode ser criada por cada um de nós através da busca do autoconhecimento, do autodesenvolvimento e do encontro da paz, esse estado de contentamento interior que é a busca final da prática de ioga.
Vamos então juntos desaprender para reaprender?
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Vamos juntos unir forças para encontrar a felicidade?
O mundo lá fora não é nada mais nada menos do que um reflexo do nosso mundo interior. Conclusão óbvia?
Quando uma massa crítica de pessoas estiver criando a “tal da felicidade” em seus corações haverá, sem dúvida, uma mudança significativa no padrão vibratório do nosso planeta.
Assuma sua responsabilidade: aqui e agora!
A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br
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Publicado em VEJA São Paulo de 05 de outubro de 2022, edição nº 2809