Consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes, psicólogo autor de best-sellers e referência para mais de 800.000 pessoas que o acompanham nas redes sociais, Rossandro Klinjey parece hoje estar bem longe da situação de um deserto, onde falta tudo e não há ninguém à vista. Mas nem sempre foi assim. Convidado de Helena Galante para o episódio #64 do podcast Jornada da Calma, ele fala sobre seu novo livro: O Tempo do Autoencontro, lançado pelo selo Academia da editora Planeta. Usando a metáfora do deserto, ele aborda essas situações difíceis que todos nós em algum momento enfrentamos. ” O deserto tem um papel de me desidentificar com quem eu era. É para dar um namastê para o passado. É um lugar de partida para o novo, mas como um lugar de passagem, não é um lugar pra permanecer.”
No processo de descoberta de quem somos, qual é nossa voz, Rossandro enfatiza como é importante libertar-se da normatividade que esmaga e das expectativas irreais que criamos. “É preciso fazer uma curadoria emocional. O que é realmente relevante pra que entre no meu coração?”, afirma. “Há uma desconexão entre o espiritual e o material, como se eles fossem separados. O sagrado não é uma experiência mística que eu vou ter de fim de semana, é uma experiencia cotidiana de viver, uma relação de intimidade.” Do jeito antigo de viver até um novo, mais desperto, porém, há um hiato. “A gente se identifica na queda, é como se a dor nos igualasse. O deserto deixa todos iguais.”