Na peça O Musical da Passarinha, no Teatro Sérgio Cardoso, a acessibilidade é levada a sério. A língua brasileira de sinais (libras), adotada por surdos, está presente em toda a montagem e há audiodescrição para cegos. A ideia de realizar um espetáculo inclusivo surgiu quando o diretor, Emílio Rogê, conheceu Harrison Adams, o Harry, que é surdo. “Na audição de um projeto que eu estava fazendo, o Harry apareceu e não tive condições de recebê-lo”, lamenta. O ator, então, acabou se tornando professor de libras da equipe de Passarinha, em que também atua. Na trama, escrita por Rogê, Rita (Júlia Sanchez) é uma menina que vive com a mãe, Carmen (Ananza Macedo), em uma pequena cidade do interior e sonha em conhecer o teatro. Com o amigo surdo Miguel (Harrison), planeja se apresentar na escola. Um dia, eles recebem a visita de uma cantora de ópera (Stacy Locatelli), que transforma a vida deles.
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Em cena, os personagens atuam e cantam, usando o gogó e libras, simultaneamente. O figurino, assinado por Heloisa Faria, emite sons: a saia de rita tem sementes que balançam e Miguel leva uma kalimba (instrumento africano que vibra) no peito. Para acompanhar o tempo das canções, o ator Harry usa ainda um relógio digital com um metrônomo, dispositivo que o ajuda na tarefa. Haverá apresentações on-line a partir de 26 de fevereiro. Para os maiores de 9 anos, é necessário apresentar a carteira de vacinação contra a Covid-19. rec. a partir de 4 anos. (50min).
Teatro Sérgio Cardoso. Sala Paschoal Carlos Magno. Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista. ☎ 3882- 8080. ♿ Sáb. e dom., 15h. R$ 40,00. Estreia sábado (19). Até 10/4. Não haverá espetáculo presencial em 26 e 27/2. omusicaldapassarinha.com.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 16 de fevereiro de 2022, edição nº 2776