Sempre digo que a corrida cai muito bem para algumas pessoas. E outro dia constatei isso mais uma vez ao conversar com alunas na faixa dos 50 anos. Com aparência jovem natural, felizes com suas vidas, dispostas, cheias de energia e ainda com uma veia competitiva quando se fala de esporte, para mim elas são as novas mulheres de 50. Elas trabalham, têm suas famílias, praticam suas atividades físicas de forma equilibrada e fazem a gente perceber que a idade pode ser apenas um número na carteira de identidade. Serão três posts com histórias inspiradoras. Hoje você fica com o depoimento de Vivian Carrete Sanchez, 50 anos, comerciante, casada, mãe de dois jovens.
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“Estou pronta para encarar novos desafios”
Comecei a correr com 40 anos, mas já praticava outras atividades físicas anteriormente, como musculação, natação e ciclismo. Todas iniciadas quando meus dois filhos (hoje com 18 e 20 anos) já frequentavam a escola, ou seja, após os 30 anos.
O esporte contribuiu 100% para o meu bem-estar e a aparência de agora. Tenho a impressão que todos os problemas que tenho no dia a dia são minimizados quando corro. Sinto que fico mais fortalecida para enfrentar problemas familiares e profissionais.
Corro principalmente pelo bem-estar que a atividade proporciona. Mas quando isso vem acompanhado de uma boa performance, é perfeito. Completei oito maratonas: meus melhores tempos foram 3h50 em Chicago (2012) e 3h51 em Miami, este ano, um dia antes dos meus 50 anos.
Não sou muito neurótica com alimentação. Corro para ser feliz, por isso não fico controlando demais a dieta. Só tento evitar alimentos como fritura, derivados do leite antes da corrida e carne (por causa da digestão mais lenta). Mas apenas evito – quando bate a vontade, não fico mal em consumi-los sem peso na consciência.
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Com a beleza, o cuidado é quase nenhum: procuro manter o peso e cuidar da pele com uma limpeza básica antes de dormir e filtro solar todas as manhãs.
Sinceramente não me assusta ter 50 anos. Sinto que estou muito mais forte e madura. Posso praticar meu esporte com tranquilidade, trabalhar, cuidar da minha família e ainda dedicar algumas horas das minhas noites dando aula para adultos como voluntária.
Sou realmente muito feliz. Sinto-me tranquila e pronta para encarar novos desafios. Conheço gente mais velha que tem saúde excelente, mas se entrega apenas por causa de uma data de nascimento. As pessoas devem dar valor para o que tem de melhor e não ficar reclamando por problemas imaginários.
Vivian Carrete Sanchez, 50 anos, comerciante