Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives (em português, algo como ‘Tio Boonmee, aquele que pode recordar sua vidas passadas’) foi o vencedor da Palma de Ouro, no último domingo (23), no 63º Festival de Cannes. Confira o trailer (legendado em inglês):
httpv://www.youtube.com/watch?v=Jk-EoUb0nvg
Esse é o terceiro prêmio de Cannes do diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul, de 39 anos. Em 2002 ele recebeu o Um certo Olhar, por ‘Blissfully yours’ e o Prêmio do júri em 2004, por ‘Tropical Malady’. É um fiel defensor do cinema independente e experimental, adjetivos que descrevem perfeitamente o filme premiado. Os longas consagrados em Cannes tendem a ser bem diferentes das grandes produções hollywoodianos, mas a cada ano essa diferença parece se acentuar.
Os apreciadores de cinema que não estão acostumados com esse tipo de filme provavelmente sentirão estranhamento ao entrar em contato com ‘Uncle Boonmee’. Um exemplo claro desse aspecto experimental é o ator que protagoniza o longa, que sequer é profissional.
‘O mundo está cada vez menor, e as produções cinematográficas cada vez mais ocidentalizados ou hollywoodianizadas. Esse é um [filme] que me fez sentir que eu estava assistindo algo de outro país. Ele usa elementos da fantasia de uma forma que eu nunca vi antes. Eu senti como se isso fosse um belo e estranho filme’ afirma Tim Burton, presidente do júri que escolheu ‘Uncle Boonmee’ como merecedor do prêmio principal do festival, na coletiva de imprensa após a premiação.
O filme, que apesar do enredo sombrio trata-se de uma comédia, conta a história do Tio Boonmee, que está prestes a morrer. Ele opta por passar seus últimos dias em uma fazenda com pessoas queridas, onde passa a ter contato com aspectos de sua vida anterior e elementos do folclore do país.
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