Por Tiago Faria
Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza do ano passado, trata-se de um dos projetos mais ambiciosos do diretor russo, que encerra aqui uma série de quatro filmes sobre totalitarismo e corrupção do poder. Depois dos dramas biográficos “Moloch” (1999), “Taurus” (2001) e “O Sol” (2005), Sokurov altera o tom do registro para criar uma fábula épica — e muito particular — a partir da lenda alemã. A tragédia escrita por Goethe (1749-1832) é uma das muitas fontes em que o diretor se referenciou para contar a história de Dr. Fausto (papel de Johannes Zeiler). Obcecado por acumular o máximo de conhecimento sobre o mundo, o estudioso aceita vender a alma ao demônio. Com imagens turvas, o diretor atira o público em um mundo estranho, feito de delírios, sordidez e algum encantamento.
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AVALIAÇÃO ✪✪✪