Por Tiago Faria
Nascido em Nova York, o diretor se mudou aos 6 anos para Israel, onde vive. Por este sóbrio drama de guerra, que tem lançamento na cidade com cinco anos de atraso, foi eleito o melhor diretor no Festival de Berlim de 2007 e recebeu uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro. A trama, em parte autobiográfica, reconstitui um episódio recente dos conflitos no Oriente Médio: em 2000, após dezoito anos de ocupação, tropas israelenses se retiraram de uma montanha no sul do Líbano, em meio às ruínas do Castelo de Beaufort. De pulso realista, a narrativa alterna instantes de desespero e marasmo, fiel a uma tradição cinematográfica que rendeu fitas como “Cartas de Iwo Jima” (2006) e “Guerra ao Terror” (2008). Cedar dispensa as lições espetaculares de heroísmo e, sem perder de vista uma dezena de bons personagens, descreve a luta diária de um grupo de combatentes sob a liderança de um soldado jovem e impulsivo.
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AVALIAÇÃO: ✪✪✪