Ao longo dos 3,5 km de extensão do Elevado Presidente João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão, diferentes edifícios icônicos preenchem a paisagem de um dos cartões postais mais famosos da cidade de São Paulo.
Desde 2016, o elevado fecha aos fins de semana e se transforma no Parque Minhocão. Assim, com a via expressa aberta aos pedestres, é possível observar os detalhes da arquitetura dos edifícios projetados por diferentes nomes do ramo, em alternados contextos e dimensões.
A seguir, conheça e aprecie 7 edifícios icônicos que integram a paisagem de um dos endereços mais conhecidos da capital paulista, o Minhocão.
1. Edifício General Jardim, por João Artacho Jurado (1952)
Composto de apartamentos pequenos, práticos e próximos da região central, o Edifício General Jardim, aparentemente de cores neutras, ganha em sua cobertura a marca registrada do arquiteto João Artacho Jurado: cores, formas e ornamentação. Por isso, olhe para cima! Pilares sinuosos suportam uma laje vazada por quadrados intercalados, sobre os terraços das unidades do último andar do edifício.
2. Edifício Nova Ipiranga, por Abelardo de Souza (1950)
Projetado pelo arquiteto Abelardo de Souza, o mesmo à frente dos Edifícios Três Marias e Nações Unidas, ambos na Avenida Paulista, o Edifício Nova Ipiranga surpreende pelos detalhes. Sacadas geométricas, revestimentos em pastilhas cerâmicas e tijolinhos, apartamentos espaçosos e bem iluminados dão o toque modernista que a cidade de São Paulo vivia na época da década de 1950.
3. Edifício Washington, por Bernardo Rzezak (1949)
O Minhocão não fazia parte da paisagem paulistana quando o Edifício Washington ganhou forma pelo arquiteto polonês Bernardo Rzezak, em 1949. O prédio chama atenção pelas suas cores, treliças e por seu formato sinuoso – o que não era tão comum nas fachadas dos edifícios da cidade de São Paulo.
4. Edifício Oswaldo Porchat, por Rino Levi (1942)
Quatro edifícios independentes, concebidos para quatro irmãos. Com suas fachadas coloridas e sinuosas, a própria inclinação dos lotes foram os responsáveis pelo movimento orgânico do edifício. Em 2018, o conjunto foi tombado pelo Conpresp como reconhecimento à importância da obra do arquiteto na sua adequação aos princípios da arquitetura moderna.
5. Edifício Racy, por Aron Kogan e Waldomiro Zarzur (1956)
Popularmente conhecido como “Copanzinho”, o Edifício Racy apresenta a forma ondulada que é impossível não lembrar das curvas do Copan. Estruturado em concreto armado, o edifício apresenta uma ocupação mista – comercial e residencial – e apartamentos amplos e bem iluminados.
6. Edifício Pacaembu, por João Artacho Jurado (1948)
De cara para o Minhocão, o Edifício Pacaembu, assinado por João Artacho Jurado, não apresenta as mesmas características marcantes dos outros edifícios assinados pelo arquiteto. “Ótimas prestações e magníficos apartamentos” faziam parte do anúncio do edifício na década de 1950.
7. Retrofit Edifício Marajó, por Readymake (2019)
Construído no final dos anos 40, o Edifício Marajó representa a suntuosidade de uma era do centro de São Paulo. Mais do que um retrofit realizado pela Readymake, o projeto se apoia em um restauro das qualidades iniciais do prédio que, à medida do tempo, desapareceram devido ao acúmulo das diferentes renovações.