O zoológico de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, enfrenta uma crise. Localizado dentro do Parque das Hortênsias, sofre com denúncias de má conservação e descaso com os animais.
Nos últimos meses, morreram três felinos: um tigre de problemas renais no dia 11 de agosto, um leão por causa de um parasita sanguíneo no dia 14 de novembro e uma tigresa no dia 27 de novembro por tumores generalizados. O leão foi encaminhado para a Universidade de Santo Amaro, onde passa por processo de empalhamento. Sobrou para exposição ao público apenas uma leoa.
Na segunda (7), um corpo de outro leão dentro de um saco foi encontrado em uma estrada da região. A Prefeitura, responsável pelo Zoológico, afirma que o bicho não pertencia ao espaço e está realizando uma investigação para apurar de onde ele veio.
No último dia 30, dezenas de ativistas dos direitos dos animais fizeram um protesto em frente ao Zoológico, que fechou as portas com medo de invasão. Na segunda (7), outros protetores, entre eles pessoas que participaram da retirada dos beagles do Instituto Royal, fizeram uma vigília pacífica durante 24 horas na frente do parque.
“Não vamos invadir o zoológico e sair com gaviões e macacos na mão, queremos apenas chamar atenção para a situação do local”, explica a advogada Antília da Monteira Reis, presidente da Comissão de Proteção Animal da OAB de São Bernardo do Campo. Ela afirma que o que se vê no parque não são problemas como falta de comida aos bichos, mas maus tratos no sentido de deixá-los em recintos inadequados, com chão de concreto, estrutura diminuta e pouco enriquecimento ambiental, além de tratamento de veterinários não-especializados.
Em um reunião que acontecerá no dia 13, ativistas, biólogos e advogados pretendem convencer o subprefeito a transferir os animais para santuários, como o Mata Ciliar e o Projeto Mucky. Se a proposta não for aceita, prometem abrir uma ação contra a Prefeitura.
Com cerca de 300 animais em exposição, o Zoológico segue funcionando normalmente. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, que afirma que os animais sempre foram muito bem tratados: “O parque já está em obras de conservação e manutenção, que têm prazo previsto de 280 dias para conclusão. Esta semana está acontecendo a parte de medições, em seguida serão erguidos os muros laterais de divisas, passeios e recintos.”
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