Apesar de groomer ser apenas a palavra inglesa para “tosador”, no Brasil a função se refere a profissionais que dominam diferentes técnicas de banho e tosa e que atendem a uma maior variedade de raças para o cotidiano ou competições.
O procedimento não é padronizado: são usados produtos que respeitam a cor e o tamanho dos pelos e o tipo de pele dos animais. “Diagnosticamos se estão ressecados, oleosos, se precisam de tonalização, hidratação. Não tem como fazer uma boa tosa sem um banho excelente antes”, explica o groomer Luiz Renato, 38, dono do Grooming Care. Na hora do corte, o tosador esculpe a pelagem com máquina, tesoura, faca e até pedra vulcânica, dependendo da forma corporal do pet. A finalização geralmente inclui sprays e adereços. Segundo Renato, um dos benefícios do serviço é que não causa alergias em alguns cães com a pele sensível, principalmente terriers, como ocorre com tosas inadequadas.
O banho custa de 50 a 200 reais e a tosa, de 160 a 500 reais. Unhas aparadas, orelhas limpas e dentes escovados também estão no pacote do serviço. A regalia não é apenas para animais de raça e inclui gatos. De acordo com William Galharde, 36, da Galharde Academy, cachorros sem raça definida (SRD) — muitos adotados durante a pandemia — são o quarto grupo mais frequente no salão. Já para os felinos, o recomendado é que sejam atendidos em dias e horários de pouco movimento, para evitar stress. “Banhos feitos em casa, sem medir a temperatura da água ou da secagem, são muito mais estressantes do que em centros de estética”, afirma Salua Cataneo, médica veterinária e gerente de produtos da Pet Society. “É importante verificar se os profissionais do local são capacitados e se usam produtos veterinários, porque possuem pH diferente do de cosméticos feitos para humanos.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 8 de setembro de 2021, edição nº 2754