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Dez informações que você precisa saber sobre os beagles do Instituto Royal e os testes em animais

1. Os beagles são uma raça padrão para pesquisas no mundo todo, pois são cães dóceis e de fácil manuseio. Muitos são criados especificamente para isso. Nos EUA, existe um grupo de proteção, o Beagles Freedom Project, que realiza resgates e luta para acabar com a prática. No site deles, há vários vídeos de libertações. […]

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 26 fev 2017, 23h50 - Publicado em 21 out 2013, 16h23
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  • 1. Os beagles são uma raça padrão para pesquisas no mundo todo, pois são cães dóceis e de fácil manuseio. Muitos são criados especificamente para isso. Nos EUA, existe um grupo de proteção, o Beagles Freedom Project, que realiza resgates e luta para acabar com a prática. No site deles, há vários vídeos de libertações. Assustados, os peludos demoram a sair das gaiolas e a entender que estão livres.

    2. Em 2008, foi criada a lei 11.794 (leia ela na íntegra aqui) que regulamenta os experimentos com animais no Brasil. Há parágrafos de interpretação bastante ampla. Se o Instituto Royal for considerado culpado das acusações de maus tratos, pode ser penalizado com: advertência; multa de 5 000 a 20 000 reais; interdição temporária; suspensão de financiamentos de fontes oficiais de crédito e fomento científico; ou, mais gravemente, interdição definitiva.

    3. 80% das pesquisas com animais no mundo são realizadas com camundongos e ratos, mas também estão envolvidos macacos, cachorros e aves.

    4. Calcula-se que 100 milhões de bichos por ano sejam usados em experimentos.

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    5. Esses testes custam, em média, 14 bilhões de dólares anualmente.

    6. As pesquisas são usadas principalmente, nesta ordem, para: desenvolvimento de novas drogas, produção de vacinas, pesquisas relativas ao câncer e estudos de toxicidade.

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    7. Minha colega Carol Romanini, do Beleza de Blog, publicou a lista do Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) sobre empresas de cosmético que realizam ou não testes em animais (dá para lê-la aqui). O grupo brasileiro Pea (Projeto Esperança Animal) relacionou também algumas marcas brasileiras que não realizam esse tipo de experimento (veja aqui). Entre elas, aparecem Granado, Jequiti, Mahogany, Contém 1g, O Boticário…

    8. O deputado estadual Feliciano Filho apresentou em 2012 um projeto de lei que restringe a utilização de animais em atividades de ensino no Estado de São Paulo, prática comum em várias universidades (leia a íntegra aqui).

    9. O Instituto Royal é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), ou seja, recebe verba pública de instituições de fomento à pesquisa.

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    10. Estão rolando pelo menos dois abaixos-assinados na internet contra os testes no Instituto Royal, um da Avaaz e outro da Petição Pública. Existem também grupos que procuram por métodos alternativos ao uso de animais em pesquisa, como a Sociedade Brasileira de Métodos Alternativos à Experimentação Animal (SBMAlt).

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    (Fotos: stock.xchng)

    *Quem me ajudou com algumas das informações foi o biólogo e Professor Doutor Thales Tréz, pesquisador da Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais, que estuda o assunto há quinze anos. Ele mesmo, em 1998, “raptou” um cachorro que seria usado em uma aula de biologia na Universidade Federal de Santa Catarina e conseguiu que o uso de animais fosse vetado nas aulas de lá a partir de então. O cão seria anestesiado para, em seguida, serem aplicadas diversas substâncias a fim dos alunos verem como o sistema cardiorrespiratório do pet respondia às injeções.

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    + Ativistas querem doar beagles resgatados do Instituto Royal

    União Europeia proibe venda de cosméticos produzidos a partir de compostos testados em animais

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