Um adesivo estampado com o desenho de um porquinho e a frase “Não quero virar bacon” era apenas um dos produtos engajados à venda na 13º edição do Bazar Vegano, que rolou no Tendal da Lapa, no último domingo. O evento reuniu cerca 1500 defensores dos direitos dos bichos. Eram 75 estandes, um mais curioso do que o outro. Todos, é claro, ofereciam itens que não usavam nenhuma matéria prima de origem animal ou empregavam exploração dos mesmos em sua fabricação. “Foi nosso maior evento, com recorde de participantes”, diz a idealizadora Luisa Pereira.
Havia cosméticos (como shampoo de cupuaçu com chá verde), sabonetes, cremes, bijuterias temáticas, calendários cuja venda ajudava alguma ONG e muitas e muitas camisetas com mensagens em defesa da causa. Outras banquinhas pregavam os preceitos budistas, por exemplo, ou vinham em busca de auxílio aos tubarões. A parte de livros exibia desde textos de receitas a uma obra espírita psicografada, O Evangelho dos Animais.
Atrações rolaram durante todo o dia: rodas de discussão sobre assuntos a exemplo de crudivorismo (a ingestão apenas de alimentos crus), oficinas de danças circulares e parkour, entre outros. O músico Phelipe Agnelli ficou responsável por um show excêntrico, com um instrumento chamado de “hang”, que lembra um disco voador. Produz um som bem agradável, ecoado e calmante.
A praça de alimentação se mostrou um caso à parte. Na minha opinião, um dos petiscos que mais se destacou no cardápio foi a coxinha de jaca (que era bem boa por sinal). Mas tinha também feijoada sem carne, moqueca sem peixe, pão sem ovo, chocolate sem leite… Tenho que dizer que os veganos ganham nota 10 em criatividade nas comidas.
Criado há seis anos, o Bazar promete uma edição de inverno para julho do ano que vem. Para ficar de olho nas novidades do evento, acesse o site www.bazarvegano.wordpress.com.