De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há evidências significativas de que cães, gatos e outros bichinhos de estimação possam ficar doentes ou ser vetores da Covid-19 — no momento, várias pesquisas estão em andamento para averiguar como o organismo de diversas espécies de animais reagem ao vírus.
Segundo especialistas, a variação do coronavírus que pode ser encontrada nos pets é diferente da que atinge os humanos. “É importante salientar que tais variações são verificadas em animais há muito tempo, mas nunca houve a transmissão zoonótica para pessoas”, afirma o médico veterinário Marco Antônio Ferreira, especialista e mestre em pequenos animais pela Universidade de Franca. Ele reforça que a informação é a melhor saída para não causar preocupação e coibir o abandono dos pets.
Caso o tutor adoeça, a recomendação é a mesma de sempre: evitar contato direto como “lambeijos” ou dividir cobertor e travesseiro. Mas atenção: ainda que improvável, a Covid-19 pode sofrer mutação e acabar infectando pets no futuro, como aconteceu, reversamente, com o H1N1, que infectou humanos. Por isso é importante seguir as orientações de assepsia, o que inclui lavar as mãos antes e depois de tocar nos animais, nos alimentos, nas suas fezes ou urina, e só sair de casa se realmente for necessário.