O artista goiano Siron Franco, que participa da Bienal de Artes de São Paulo em 2018 com a série Césio (1987), tem sua biografia e processo criativo revisitado em um documentário dirigido pelo paulistano André Guerreiro Lopes e pelo recifense Rodrigo Campos.
O longa-metragem, com estreia prevista para 2019, conta com entrevistas de amigos do artista, a exemplo do empresário Charles Cosac, e gravações em VHS, produzidas pelo próprio Siron desde os anos 70.
Cenas de leilões também fazem parte do material bruto. Na última segunda (11), por exemplo, a equipe gravou a disputa pela obra Peles (1990), de Siron, no escritório de arte James Lisboa, no bairro de Cerqueira César.
Obras inéditas, produzidas em Londres, como a pintura Blue Eyes (2001), também serão apresentadas. “O Rodrigo e o André me acompanharam por lá, me gravaram comprando materiais, montando estúdio, a gente não sabia que iria virar isso. Foi bom reencontrá-los dezessete anos depois”, diz o artista.
Rodrigo complementa: “Tem a biografia dele, mas é uma viagem pelo seu processo criativo. É um filme baseado na voz e no olhar do Siron. Queremos que o espectadores entendam esse vulcão de criatividade. Também tem uma preocupação para que o nosso público vá além dos apreciadores de arte”.
Além da Bienal e da produção do filme, Siron conta ainda com uma individual na galeria Marcelo Guarnieri, com abertura marcada para 4 de setembro.