Leonardo Da Vinci (1452-1519) tem movimentado o Museu do Louvre. Na segunda (7), a instituição francesa anunciou que Mona Lisa, uma das obras do artista, voltaria ao espaço em que, desde 2005, ela é apresentada, a Salle des États. O ambiente passou por uma reforma que durou dez meses. Na repaginação, em que as paredes ganharam um azul marinho, a pintura mais conhecida do mestre italiano teve que ser transferida para outro lugar: a galeria de Médici.
A reforma na Salle des États é parte dos preparativos para uma grande retrospectiva de Da Vinci no Museu do Louvre, que abre no dia 24 de outubro. Mas a mostra está em clima de suspense desde terça (8), quando a justiça italiana suspendeu a autorização do empréstimo do desenho Homem Vitruviano (1490), outro clássico do renascentista, para a instituição francesa.
O quiprocó é resultado de uma ação que a associação Italia Nostra apresentou ao tribunal administrativo regional (TAR) da região de Vêneto. Segundo o grupo, o empréstimo violaria o código de propriedade cultural do país, segundo o qual não podem sair do território os bens que constituem as principais atrações de uma seção específica de um museu, galeria de arte, biblioteca, coleção de arte ou bibliográfica.
Uma das consequências dessa orientação é então a suspensão do acordo firmado com Paris pelo ministério do patrimônio cultural, que previa que o Louvre receberia o Homem Vitruviano, mas emprestaria cinco obras de Rafael de Sanzio (1483-1520) e dois esboços de Giovanni Francesco Penni (1490-1528) para uma exposição no palácio Quirinal em Roma, prevista para março de 2020.
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