O livro A Longa Vida da Natureza Morta (Editora Appris, R$ 59,00) é um desdobramento da dissertação de mestrado da pesquisadora Raisa Pina. O estímulo acadêmico que deu início à investigação sobre o gênero da natureza-morta, conhecido pela presença de flores, frutas e outros alimentos inanimados, não se traduziu, contudo, em uma linguagem hermética, atrativa somente para quem já frequenta museus e universidades.
O cerne do livro se relaciona com apontamentos sobre a rejeição desse gênero ao longo do tempo na história da arte. Uma das justificativas mais disseminadas, de que o desafio na representação dos objetos seria menor do que em cenas históricas, também ganha companhia de outra causa menos nobre. Uma ojeriza escamoteada do ambiente doméstico, historicamente identificado como feminino e considerado por isso menos importante.
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