A água escura de um igarapé parece se solidificar ao trazer o reflexo duro da mata fechada de uma porção da Amazônia que respira na Guiana Francesa, no norte do continente. A condição líquida, contudo, é denunciada pelas folhas que boiam e funcionam como contrapontos à imensidão verde. “Fiz essa foto durante uma trilha, com uma câmera analógica 35 milímetros. Quando a revelei, fiquei encantada”, relembra a capixaba Bárbara Bragato (@ barbarabragato), autora do trabalho.
A fluidez que a guiou nesse momento também pode ser vista na sua produção — que deu uma guinada quando ela deixou São Paulo, em 2018. “Estava esgotada da saúde e de cabeça. Comecei a viajar sem pensar muito”, detalha, em seu novo lugar: “Eu me coloquei na vida como uma passageira, guiada por sonhos.”