O debate ambiental está no cerne da intervenção urbana Eu era Outra Selva. O trabalho proposto por Felipe Morozini para a Virada Sustentável, acontece nos dias 17 e 18 de outubro. A obra vai transformar o Minhocão em uma espécie de floresta artificial, formada por 180 guarda-sóis de praia, que tiveram impressos na sua cobertura de lona a imagem de árvores. Eles estarão concentrados no trecho entre a rua Helvetia e a praça Marechal Deodoro. Em tempo, os paredões ao longo do elevado começaram a ser retirados semana passada.
A floresta urbana também contará com três infláveis, com altura entre seis e dez metros de altura, no formato de um lobo-guará, um mico-leão-dourado e um pássaro. A intervenção é arrematada por caixas de som, nas quais se ouvirá melodias naturais, presentes nas florestas. “Vai funcionar como um respiro para os moradores da região”, afirma Morozini.
![WhatsApp Image 2020-09-24 at 18.05.19](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-24-at-18.05.19.jpeg?quality=70&strip=info&w=650)
“O desenho que eu fiz é meramente ilustrativo. Os guarda-sóis não vão ser segurados por pessoas, mas sim sustentados por bases (assim, como ocorre nas praias). Esse projeto foi pensado entre fevereiro e março, meu objetivo era discutir o desmatamento provocado pelo agronegócio. Agora, que nossas florestas estão sendo destruídas pelo fogo, me pego em um estado de emoção que eu não sei definir”, acrescenta o paulistano.
Os 180 guarda-sóis utilizados na intervenção de Morozini vão ser reutilizados ou doados pela Virada Sustentável ao final do período de exibição do trabalho. Até o momento, não se sabe se estará autorizado o trânsito de pessoas no local. Devido à pandemia, as duas pistas do Minhocão se encontram fechadas aos sábados e domingos. Antes, nesses dias, o tráfego de carros era proibido e os paulistanos aproveitavam a brecha para caminhar por lá.
Obrigada pela visita! Volte sempre e deixe seu comentário. Aproveite para conferir minhas postagens no Instagram.