Os visitantes da ArtRio foram pegos de surpresas na quarta (18), por volta das 18h30, por uma pichação em uma das paredes do galpão, na Marina da Glória, onde acontece a feira, que vai até domingo (22). A mensagem curta, onde lê-se a palavra “Negro”, teve sua autoria assumida pelo coletivo Massive Ilegal Arts (MIA), que, no Instagram, deu uma explicação: “Intervenção na @artrio_art para mostrar o quanto a arte contemporânea é segregadora e quer afastar os negros da arte. Mas somos a RESISTÊNCIA e estamos aqui pra provar que o NEGRO está no poder e não pode contar com a $ORT€!!! Chora playboy!!!!”
A ex-consulesa e jornalista francesa Alexandra Loras estava no evento no momento da ação: “Foi algo rápido e com muita adrenalina. Era só pintura, não foi agressão”. Para ela, a pichação do artista estimula o debate sobre a questão racial. “No Brasil, apesar da maioria da população ser negra, vemos uma segregação cordial em espaços de elite. Talvez o incômodo provoque uma discussão.”
Procurados pela reportagem da Vejinha, a organização da ArtRio disse não ter, até o momento, a intenção de apagar a intervenção. Contudo, estão em análise medidas em relação ao caráter ilegal do ato. Em 2019, a feira, que nasceu em 2011 e é comandada por Brenda Valansi, conta com a participação de oitenta galerias.
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