Um brinde ao episódio #61 do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, que recebe o importador de vinhos Ciro de Campos Lilla. À frente da Mistral e da Vinci, ele oferece rótulos invejáveis nos catálogos das duas empresas.
Tivemos um sucesso estrondoso com a venda de vinhos pela internet para pessoa física. É o que está permitindo atravessar esse período
Ciro Lilla, da Mistral e da Vinci
Nascido em uma família que há mais de um século se dedica à fabricação de máquinas de torrefação de café – negócio que aprimorou e continua na liderança –, adquiriu a Mistral, três décadas atrás, ao se apaixonar por vinhos ao comprar a enciclopédia Larousse du Vin.
Os números mostram que as pessoas estão consumindo mais em casa, mas isso não compensou o que se deixou de vender com o fechamento de bares, restaurantes e hotéis. A verdade aritmética é que se toma menos bebida alcoólica durante a quarentena
Ciro Lilla, da Mistral e da Vinci
Ao longo desse período, ampliou a oferta de produtores e lançou sua segunda marca independente, a Vinci. Assim, não havia competição entre vinicultores de uma mesma região. E adianta uma novidade: “Criei a Vinci como uma importadora independente, mas agora será incorporada à Mistral. Com a sinergia entre as duas, vamos usar a mesma logística e a mesma parte administrativa. Para o público, ambas continuam existindo separadamente.”
Sobre a pandemia, Lilla faz um interessante balanço. “Tivemos um sucesso estrondoso com a venda de vinhos pela internet para pessoa física. É o que está permitindo atravessar esse período”, reconhece. Mas esse crescimento não é suficiente. “Os números mostram que as pessoas estão consumindo mais em casa, mas isso não compensou o que se deixou de vender com o fechamento de bares, restaurantes e hotéis. A verdade aritmética é que se toma menos bebida alcoólica durante a quarentena.”
O sócio majoritário do vinho importado é o governo. Como o imposto é muito alto, quem ganha dinheiro é o Fisco
Ciro Lilla, da Mistral e da Vinci
Também se queixa das políticas governamentais para o vinho importado. “O sócio majoritário do vinho importado é o governo. Como o imposto é muito alto, quem ganha dinheiro é o Fisco”, enfatiza.
Com um formidável humor, Lilla coleciona história divertidíssimas. Sobre a pior harmonização que já fez, não hesita: “Foi ceviche com vinho tinto. Estava em uma festa e era a única opção que tinha”. Também se lembra de uma antiga experiência num jantar fora de casa: “Num restaurante especializado aqui em São Paulo, em 1989, perguntei ao maître: “Vocês têm sommelier aqui?”. Ele respondeu: “Não, mas, se o senhor quiser, peço para o chef preparar”. Só rindo. É só dar o play no YouTube, no Spotify, no Deezer ou aqui:
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