O Attimo está irreconhecível. Tudo mudou no restaurante italiano, que tem até novo nome. Chama-se agora Attimo Per Quattro. Se as alterações na fachada incluem um mural kitsch no antigo sobrado de linhas retas projetado nos anos 1950 por David Libeskind — o mesmo do Conjunto Nacional —, as modificações mais significativas se concentram no cardápio.
Desde a saída de Jefferson Rueda, a cozinha teve quatro comandos. Primeiro foi Francisco Pinheiro, um especialista em culinária francesa e ex-pupilo de Laurent Suaudeau. Em seguida veio Paulo Kotzent, egresso do Piselli. Logo depois da repaginação visual do imóvel, Augusto Piras, ex-La Tambouille, teve uma passagem meteórica por lá. Desde abril, Ivo Lopes, que é sócio do Avenida Café Bistrô, na Mooca, presta consultoria à casa.
Lopes despontou no período em que trabalhou no Due Cuochi Cucina. É impossível não reconhecer no menu proposto por ele pratos semelhantes ao desse megassucesso italiano, com três endereços na capital. De jeitão siciliano, o timbalo de berinjela (R$ 31,00) traz o vegetal assado e montado em camadas ao molho de tomate e parmesão. Antes de ir à mesa, ele é gratinado com queijo taleggio.
Saboroso, o tortellini de coelho ao molho do próprio assado e creme de burrata (R$ 69,00) ficaria melhor se a massa fosse mais delicada. Difícil é encontrar a Itália no atum selado com gergelim sobre tarê com espaguete de pupunha ao molho de especiarias (R$ 72,00). Prefira o substancioso e acertado stinco de cordeiro com risoto de açafrão (R$ 98,00).
Também deixa uma boa lembrança a panacota (R$ 25,00) de textura sedosa. Duas boas notícias: os preços estão um pouco mais em conta e o serviço, atencioso, agora é conduzido por Jailson de Moura Barreto, ex-Tambouille.
Avaliação: BOM (três estrelas)
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