O aniversário de 22 anos daquele que foi um dos mais refinados endereços portugueses de São Paulo poderia ter sido comemorado com pompa e circunstância merecidas, ontem. Não houve festa. A casa portuguesa, que vinha definhando ano após ano, sofreu um terrível golpe no dia 1º deste mês. Desde essa data, estava impedida de usar o nome Antiquarius, que pertence à matriz carioca. Responsável pela administração da marca no Rio de Janeiro, onde o Antiquarius vai muito bem, António Perico entrou com a proibição por meio de notificação extrajudicial.
+ Antiquarius paulistano está impedido de usar a marca que o consagrou
Com o apoio do empresário do setor hoteleiro e dono do restaurante Dom Afonso, em Sorocaba, Rui Rodrigues, e do advogado Josmeyr Oliveira, que tentaram uma adquirir sem sucesso o direito de utilização da marca com Perico, os funcionários mantêm o restaurante em funcionamento até o almoço de 25 de dezembro. Depois disso, o Antiquarius paulistano encerra as atividades.
“Já retiramos a marca da fachada, mas o cardápio continua inalterado”, diz o gerente geral do Antiquarius paulistano, o cearense Evaldo Aragão de Melo, há 33 anos no grupo, onze deles passados na matriz carioca. Ele estima que a empresa tem um passivo de mais de 10 milhões de reais. “Como temos reservas para as festas de fim de ano, estaremos aberto e cumprindo nossos compromissos até o Natal”.
Para os fãs, são as últimas chances de visitar o restaurante.