“Estamos enlouquecendo, precisamos de ajuda.” O desabafo é da aposentada Celeste Nhoatto, de 72 anos, moradora da Avenida da Liberdade. O apartamento de 76 metros quadrados em que vive sozinha tem vista para a Rua Taguá, onde se encontra uma das unidades das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
Na noite de sexta (25), parecia haver uma micareta no local: centenas de estudantes conversavam e dançavam no meio da rua. Empunhavam latinhas de cerveja e garrafas de cachaça compradas nos seis bares do quarteirão. Era possível também sentir cheiro de maconha. Motoristas colocavam funk para tocar no último volume.
“Isso ocorre praticamente todos os dias”, conta Celeste, que pagou 1.800 reais para instalar janelas antirruído. Ela já fez boletim de ocorrência, acionou o Programa de Silêncio Urbano da prefeitura (Psiu) e organizou um abaixo-assinado com 100 nomes. “Nada adiantou”, lamenta. Uma possível medida a ser tomada nesse tipo de situação é chamar a polícia, já que o consumo de álcool e drogas na rua caracteriza distúrbio da ordem pública.