Em 2002, a cantora mato-grossense Vanessa da Mata dava as caras com seu primeiro álbum. Foi bem recebida pela crítica, mas só estourou de verdade quatro anos mais tarde, ao lançar um remix da canção “Ai, Ai, Ai…”, de 2004. De lá para cá, o sucesso só fez crescer. Três anos depois do último trabalho de estúdio, “Sim”, de caprichada produção, Vanessa ressurge com “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias”, título da oitava faixa do CD, que lembra uma marchinha de Carnaval.
O registro da vez aparece num contexto diferente: é o primeiro produto do selo próprio da brejeira intérprete, batizado com o nome de Jabuticaba (a Sony continua fazendo o marketing e a distribuição). “Trata-se do meu disco mais autoral e maduro”, diz Vanessa. Isso não significa, segundo ela, que não tivesse autonomia anteriormente. “Às vezes, eu me esquecia de que estava gravando pelo meu próprio selo. Desejo lançar, daqui para a frente, artistas que não teriam espaço nas gravadoras por não venderem tanto.”
“Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias” traz outra novidade na carreira da artista: ela, que nunca havia escalado ninguém para dirigir um espetáculo seu, chamou a tarimbada Bia Lessa para a função. Não faltarão no palco projeções de vídeo, chuva de papel e jogos de luzes. Além de “Bolsa de Grife” e do hit recente “O Tal Casal”, constam no repertório temas de outras fases, como “Amado” e “Não Me Deixe Só”. “À Distância”, balada pungente de Roberto e Erasmo Carlos, é a única presença de lavra alheia no roteiro. Um quinteto acompanha Vanessa.