O primeiro dia de aula no Mackenzie foi uma festa. A recepção aos calouros começou cedo na manhã de 7 de fevereiro — e só acabou tarde da noite, com show dos Paralamas do Sucesso, que tocou seus hits clássicos em volume máximo. Na sexta (25), foi a vez de a ESPM, na Vila Mariana, receber o rapper Emicida para apresentar-se na quadra de esportes.
“O pessoal do centro acadêmico nos enviou uma carta avisando do evento”, conta a secretária Ivone Lameirinhas, moradora na Rua Professor Frontino Guimarães, atrás da faculdade e em frente à quadra. “Até nos convidaram a participar.”
Para Ismael Rocha, diretor de extensão e operações da ESPM, trata-se de uma maneira de criar um bom relacionamento entre a universidade e a vizinhança. Mas há quem considere a medida insuficiente. Um morador, que pediu para não ser identificado, dá exemplos da falta de educação de alguns alunos: “Eles falam palavrões durante as partidas de futebol, estacionam em frente à nossa garagem e até urinam nas árvores”.
Reformas também causam discórdia. Obras na Fundação Getulio Vargas, por exemplo, avançam noite adentro e atrapalham o sono dos que residem por ali. “Quando não é possível a execução durante o dia, fazemos alguns serviços mais tarde”, explica o diretor de operações Carlos Cópia. “O barulho deve-se à troca de caçambas e à entrega de materiais por caminhão, o que só pode ocorrer após as 21 horas.”