“Nunca vou me esquecer das quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1984 contra o Flamengo, quando eu e o jornalista Juca Kfouri choramos abraçados no Morumbi lotado de gente. O Corinthians precisava ganhar por uma diferença de dois gols daquele timaço do Mengão, que tinha Zico, Júnior e Andrade. Acabamos vencendo por 4 a 1, com um show de bola de Sócrates e companhia. As lágrimas vieram pela superação do time em campo, sacramentada no último gol, mas, principalmente pelo mosaico de emoções sentidas no estádio. Estávamos no fim do regime militar, e o Corinthians, que vivenciava naqueles tempos a famosa Democracia Corintiana, dava o exemplo de como as coisas deveriam ser. As pessoas se abraçavam sem distinção de cor, política ou religião.”