Há quase um mês, ao menos 60 toneladas de lixo hospitalar se acumulam pelos corredores do primeiro andar da Santa Casa de São Paulo, em Santa Cecília. Isso porque a instituição deixou de pagar a empresa Mir Ambiental, responsável pela coleta do material e o serviço foi suspenso.
Imagens obtidas com exclusividade por VEJA SÃO PAULO mostram o ambiente tomado de sacos plásticos contendo seringas, curativos, agulhas, material cirúrgico e sobras de medicamento. São resíduos perigosos, que podem provocar contaminação e transmitir doenças.
A reportagem apurou que a empresa de coleta ficou sem receber 30 000 reais relativos a um contrato mensal que também envolve o Hospital São Luís Gonzaga, no Jaçanã, que também é administrado pela Santa Casa.
A empresa já havia ficado sem receber no ano passado durante um período de oito meses e só teve o caso resolvido em dezembro. Agora, novamente, o problema persiste.
Procurada, a Santa Casa informou em nota que houve um “impasse temporário” nos trâmites com a empresa prestadora dos serviços. Por conta disso, a coleta foi suspensa. “As negociações para chegar a uma solução comum foram concluídas em 9 de fevereiro”, diz o texto.
A coleta do lixo seria retomada na noite desta sexta (10) e deve estar normalizada neste final de semana. A instituição diz também que não houve impacto na operação do hospital.