Requisitado por artistas como Beyoncé e Lady Gaga, o DJ e produtor novaiorquino Hector Fonseca é uma das principais atrações da balada Spirit of London Evolution, marcada para o próximo dia 15 de outubro, no Sambódromo do Anhembi, com Bingo Players, Mowgli e Infected Mushroom, entre outros destaques internacionais.
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Fonseca nasceu e foi criado em New Jersey. O DJ tem se beneficiado da febre dos remixes, moda inaugurada por artistas como David Guetta e que já rendeu diversas parcerias entre o pop e a música eletrônica.
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Além de Gaga, o produtor já colaborou com Katy Perry, Madonna e Britney Spears. Antes disso, foi um bem relacionado modelo e ator, o que lhe rendeu uma estreia grandiosa como DJ, na casa Limelight, uma das mais quentes dos EUA na época.
Em entrevista exclusiva a VEJINHA.COM, ele conta mais sobre sua carreira e deixa o recado: “Estou muito ansioso para voltar a São Paulo, uma de minhas cidades favoritas”.
VEJA SÃO PAULO – Você inaugurou um estilo, o electribal. Como surgiu a ideia?
HECTOR FONSECA – Quando comecei, o electro [house] era popular nas casas noturnas e o tribal [house] funcionava no meio fashion, nos desfiles. Minha intenção era reunir esses dois públicos, que estavam separados já há algum tempo. Soube que havia dado certo quando passei a receber músicas de outras pessoas que seguiam a mesma linha.
VEJA SÃO PAULO – E hoje, você continua a investir nessa mescla?
HECTOR FONSECA – Estou trabalhando em um novo som, uma junção do tribal de Nova York com uma sonoridade espanhola e com o house mais clássico. É algo que já tem aparecido nos meus últimos remixes, com os de Beyoncé e Lady Gaga [“Best Thing I Never Had” e “Born This Way”, respectivamente].
VEJA SÃO PAULO – Como começaram a surgir pedidos de remixes para artistas como esses?
HECTOR FONSECA – O trabalho com os grande artistas veio após algumas produções para grandes selos [Star 69, Nervous C, Tommy Boy e Chumbomundo], quando comecei a ganhar reputação. Simplesmente foi crescendo e crescendo. Hoje recebo mais propostas do que consigo atender.
VEJA SÃO PAULO – Como é trabalhar para um popstar?
HECTOR FONSECA – Eles geralmente precisam do remix para já. Quando algum agente de Lady Gaga liga, tenho de parar o que estiver fazendo, mesmo que esteja em férias, o que for. Em três dias termino a faixa.
VEJA SÃO PAULO – Como você lida com pistas diferentes em várias partes do mundo?
HECTOR FONSECA – O house transcende diferenças culturais. Em São Paulo, é mais forte enquanto, em Pequim, é mais progressivo. Esse tipo de informação a gente recebe de DJs amigos, que mostram o que está tocando nas cidades. De qualquer forma, não deixo de ser verdadeiro, é uma questão de selecionar as faixas corretas.
VEJA SÃO PAULO – Você sofreu algum preconceito por ter pais latinos?
HECTOR FONSECA – Minhas raízes acabaram ajudando. As pessoas respeitam nossa paixão [dos latinos] pela música. Quando era pequeno, sábado à noite era hora de sentar e ouvir a discos em nossa família. Ouvíamos de tudo: Madonna, samba, disco e outros estilos.