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Onda de shows zicados assolou São Paulo em 2011

Vinda massiva de bandas para a cidade foi acompanhada por diversos cancelamentos

Por Catarina Cicarelli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h31 - Publicado em 27 dez 2011, 19h30
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  • Nos últimos anos, o Brasil entrou oficialmente para a rota de artistas internacionais. Só em 2011 subiram aos palcos paulistanos nomes como Aerosmith, The Strokes, Britney Spears e Faith No More. Por outro lado, também houve uma onda de cancelamentos, para desespero da turma que curte ir a shows.


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    O primeiro a dar cano nos fãs neste ano foi Elvis Costello, que tocaria no Credicard Hall no dia 5 de abril junto com a banda The Imposters. De acordo com a Time For Fun, responsável pela vinda do músico, o show foi cancelado em março devido a conflitos na agenda do músico.

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    E Costello não foi a única vítima do tal “conflito de agenda”. Janet Jackson, irmã de Michael Jackson, anunciou sua vinda ao país e apenas três dias depois afirmou que não faria mais o show marcado para 9 de dezembro, também no Credicard Hall. Parte da turnê “Number Ones I Up, Close and Personal”, que reúne hits dos quase 30 anos de carreira da cantora, a apresentação foi adiada por tempo indeterminado em razão das gravações de um filme.


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    Já os australianos do Cut Copy não tiveram culpa no adiamento dos shows que fariam em junho no HSBC Brasil. A erupção do vulcão chileno Puyehue cancelou vários voos na América do Sul, e o grupo não pôde deixar a Argentina, onde já tinha tocado. Em 21 de outubro, porém, eles puderam se redimir com o público paulistano.

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    O Planeta Terra foi outro que sofreu com os cancelamentos. Em junho, a banda inglesa Vaccines anunciou que ia deixar a programação do festival para fazer uma turnê pelo Reino Unido com o Arctic Monkeys. Depois, faltando menos de um mês para o festival, veio outra bomba: o grupo sueco Peter Bjorn and John não tocaria mais porque um dos integrantes havia se machucado. Resultado: tiveram que ser substituídos de última hora pela banda novaiorquina Gang Gang Dance.

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    Embora os gringos sejam os mais propícios a cancelamentos, o show mais zicado do ano foi o de um brasileiro: o cantor e compositor João Gilberto. Em junho, ele anunciou uma turnê para comemorar seus 80 anos de idade. Mas bastou que a data marcada para o início dos shows – 28 de outubro, em Salvador – chegasse para os adiamentos começarem.

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    O músico afirmou que estava impossibilitado de tocar em razão de uma forte gripe, mas especulou-se que a real causa dos atrasos seria o encalhe dos ingressos, com preços salgados. Ao todo, quatro apresentações foram adiadas, sendo duas delas em São Paulo. Na capital paulista, elas ocorreriam no Via Funchal, e as entradas chegavam a custar R$ 1.000.

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    Seu dinheiro de volta

    Como deu para perceber, nem sempre um ingresso na mão garante o show. Mas o que fazer quando o artista cancela? Os procedimentos variam conforme a produtora responsável, mas em geral até mesmo a taxa de conveniência é ressarcida.

    A Time For Fun, por exemplo, só devolve o valor do ingresso no local onde ele foi adquirido. Quem comprou em dinheiro receberá o reembolso do mesmo modo ou por depósito em conta. O depósito também vale para quem usou cartão de débito. Nas compras feitas com cartão de crédito, o valor será creditado na fatura do mesmo cartão.

    Os valores dos ingressos para o show de João Gilberto também serão inteiramente ressarcidos. Em São Paulo, quem comprou as entradas na bilheteria do Via Funchal ou nos pontos de venda da casa deve ir ao local e fornecer o número de uma conta para depósito. As solicitações feitas após o último dia 20 só serão feitas após 10 de janeiro.

    Quem não puder ir até a casa de shows também pode fazer seu pedido por meio do correio, enviando o ingresso acompanhado de um formulário que está disponível no site da casa de shows. As entradas que foram adquiridas pela internet e ainda não foram retiradas terão reembolso automático no cartão de crédito.

     

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