Os agentes de segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começam nesta sexta-feira (31) a utilizar câmeras corporais acopladas nos uniformes, semelhantes às usadas por policiais militares desde 2020. Mas com uma diferença crucial: segundo a companhia, os próprios agentes poderão escolher quando iniciar a gravação, “a partir do momento em que for observado que uma situação pode sair do controle desses colaboradores”. Ou seja, as câmeras não ficarão filmando o tempo todo.
Ao todo, foram compradas 160 câmeras, que serão utilizadas pelos seguranças das cinco estações da CPTM – Linhas 7 – Rubi, 10 – Turquesa, 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade. As linhas 8 e 9 não foram contempladas pois são operadas pela iniciativa privada, a concessionária ViaMobilidade. O contrato para a compra das câmeras foi fechado em julho de 2022 pelo valor de 421 000 reais.
Segundo a CPTM, todos os agentes já passaram por treinamento prévio e estão aptos para utilizar o equipamento. Iran Figueiredo Leão, gerente de Segurança da empresa, espera que as câmeras tenham um “efeito civilizador” no sistema. “Queremos que o uso da câmera pelos nossos agentes ajude a coibir práticas proibidas no sistema, como comércio ambulante, desacato e até outros crimes mais graves. Assim como imagens dos nossos trens e estações, as imagens ficarão à disposição da companhia e serão encaminhadas imediatamente à autoridade policial assim que solicitadas”, diz.
A ideia também é diminuir as abordagens dos seguranças aos passageiros, porque eventuais infratores poderão se inibir de praticar delitos. “As imagens também servem como evidências em processos judiciais, além de propiciarem redução de denúncias e reclamações”, acrescenta Iran.