Na última quarta (24), o canteiro central da Marginal Tietê amanheceu com dezessete cruzes dispostas sobre o que restava de 35 árvores de grande porte cortadas nas últimas duas semanas. A manifestação foi obra de um grupo de ciclistas e ambientalistas que protestava contra a derrubada de troncos com mais de 20 metros de altura e até 2 metros de diâmetro. Ao todo, 559 árvores serão retiradas para a construção de novas faixas de veículos ao longo dos 23 quilômetros que acompanham o Rio Tietê. “É triste perceber que a região perderá qualidade do ar e permeabilidade do solo”, lamenta Ricardo Cardim, da Associação dos Amigos das Árvores de São Paulo. “Entre outras compensações ambientais, plantaremos 150 900 mudas de espécies nativas na cidade, sendo 4 900 na própria marginal”, explica o engenheiro da Dersa Paulo Vieira de Souza.