O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou neste sábado (13), durante entrevista coletiva, que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) “cumpre a norma” que determina o limite mínimo de pressão da água na rede de distribuição. Mais cedo, reportagem revelou que a agência estadual que fiscaliza a companhia constatou que as determinações técnicas estavam sendo descumpridas.
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“Ela (a Sabesp) cumpre a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que é de uma coluna de 10 metros de água. O objetivo de ter válvula redutora de pressão é evitar desperdício porque tem as perdas invisíveis nos milhares de quilômetros de tubulação”, explicou Alckmin. Ele também afirmou que os problemas por pouca pressão de água “são pontuais”.
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De acordo com uma investigação da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), um levantamento feito nos Centro de Controles Operacionais da Sabesp na cidade detectou que a pressão da água na tubulação chegou a 8 metros de coluna de água (mca) —dois metros a menos do permitido.
Critérios definidos pela ABNT estabelecem que a pressão deve ser, no mínimo, de 10 mca. Quanto menor o número, menor o alcance da água. A fiscalização da Arseps foi feita entre os meses de junho e setembro. A agência disse que recebeu 339 reclamações por falta de água e pressão insuficiente. Alckmin afirmou que os casos “são pontuais”.
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Na sexta-feira (12), a reportagem do jornal O Estado de São Paulo mostrou que o horário da redução da pressão foi antecipada pela Sabesp há quase dois meses, segundo consumidores de água de diferentes regiões da cidade.
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No dia 12 de novembro, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, usou uma outra norma da ABNT para justificar a falta de água em alguns pontos de São Paulo. Segundo uma declaração dele durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sabesp, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, Arce afirmou que a associação determina que todas as casas tenham caixa-d’água. (Estadão Conteúdo)