O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou sobre os bloqueios realizados em nove terminais de ônibus da capital paulista e sobre os atos de vandalismo que aconteceram nesta terça-feira (21). Em entrevista para a CBN, ele classificou a paralisação como “ação criminosa”.
“O que eles fazem? Eles vão no terminal, furam o pneu dos ônibus, tiram a chave e impedem os ônibus de saírem […] Já estamos com a situação restabelecida, mas prejudicou mais de meio milhão de pessoas por uma ação criminosa e irresponsável”, falou.
Nos terminais, alguns veículos foram vandalizados, tiveram pedras jogadas contra o para-brisas e os pneus esvaziados.
Ainda segundo o prefeito, as manifestações foram realizadas por conta de “brigas internas” no Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano de SP). “Tem uma briga entre eles com relação à eleição do sindicato que acaba, de forma criminosa, fazendo essas ações na cidade”, disse. A eleição para renovação da diretoria do sindicato está prevista para esta terça (21).
Em nota, a SPTrans informou que registrou um boletim de ocorrência junto à polícia e que a ação prejudicou 530 mil passageiros e 368 linhas de ônibus. Já Nunes acrescentou que pretende contatar o delegado-geral para medidas “contundentes”.
A paralisação, que teve início nesta manhã, ocasionou o bloqueio de nove terminais: João Dias, Mercado, Campo Limpo, Capelinha, Parque D. Pedro II, Pinheiros, Santana, Santo Amaro e Vila Nova Cachoeirinha. A gestão municipal afirma que a operação está normalizada desde as 10h35, porém o prefeito decidiu suspender o rodízio de veículos.
O Sindmotoristas afirmou que o movimento foi realizado por “agitadores” e que “apesar dos atos de vandalismo no sistema, a eleição segue normalmente”.
“A instituição lamenta e repudia os incidentes de hoje no sistema, que prejudicaram milhares de pessoas que dependem do transporte público. Defende de forma categórica que a disputa aconteça democraticamente por meio do voto. Providências já estão sendo tomadas para que os atos de vandalismo sejam averiguados e passíveis de punições pelos órgãos competentes”, escreveram.