Continua após publicidade

Renato Aragão: “Eu não admito que falem mal da Globo”

Em entrevista a PLAYBOY deste mês, humorista polemiza sobre piadas politicamente incorretas e diz que não assiste mais aos filmes dos Trapalhões porque sente saudades

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h38 - Publicado em 6 jan 2015, 16h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Renato Aragão completa 80 anos na próxima terça (13). O humorista que tem mais de cinco décadas de carreira – a maioria delas no papel do personagem Didi Mocó- concedeu uma entrevista a PLAYBOY deste mês e tocou em assuntos polêmicos, como as piadas politicamente incorretas da época dos Trapalhões, o humor da nova geração da turma do Porta dos Fundos, além da relação com a Rede Globo e com seus ex-colegas de grupo. Leia a seguir os principais trechos:

    + Aplicativo incentiva a interação da plateia em show de humor

    Politicamente incorreto: “Hoje todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso. Eu sou até a favor. Mas, naquela época, essas classes dos feios, dos negros, dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era pra atingir, para sacanear. (…) Eu chamava o Dedé de rapaz alegre, entende? Mas era uma coisa de ator para ator, de personagem para personagem. Eles me chamavam de paraíba, mas era uma coisa dos personagens.”

    Novo humor: “Gosto de Gregorio Duvivier, aquele menino é muito bom. Eles só estão errando porque pegam pesado demais. Não precisa. Eles falam muita m… Se eles pegassem mais leve, conquistariam um público maior.”

    Política: “Eu até parei de votar, porque não sei mais em quem. São todos corruptos… (…) Eu me sinto tão indefeso… O povo fica indefeso.”

    Continua após a publicidade

    + Filho de Haddad se pronuncia sobre presença em protesto do MPL

    Criança Esperança: “O programa explode e é: ‘Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?’ É cruel isso. Me incomoda muito quando falam da Rede Globo. Eu não admito que falem mal da Globo.”

    Preconceito: “Se o filme é bom, o povo vai ver. Os críticos são preconceituosos. Por que é que meu filme é popular? Por que as pessoas são burras? Por que são nordestinos? Por que é um humor circense? Não, porque elas gostam! Eu faço os meus filmes para o meu público. Não faço para vocês, intelectuais, pseudointelectuais. Eu faço filme para o povo. (…) Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Mas quanto mais eles me malhavam, mais crescia o bolo, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima.”

    + Catavento Cultural oferece programação especial de férias

    Continua após a publicidade

    Segurança: “Eu ando com segurança por dois motivos: eu tenho uma família e a Globo não pode arriscar um talento.”

    Mussum e Zacarias: “Eu sinto muita falta deles. Não vejo os filmes, não assisto mais. Tenho muita saudade. Para mim, é até difícil. Quando tocam nesse assunto, já me sensibilizo. (…) Se eles não fossem levados lá para cima (Zacarias foi vítima de uma insuficiência respiratória em 1990 e Mussum faleceu em 1994 por causa de um problema no coração), para outros planos, nós estaríamos fazendo o musical (a peça Os Saltimbancos Trapalhões, em cartaz no Rio, em que interpreta ao lado de Dedé Santana)”

    + Confira as principais notícias da cidade

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de 39,96/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.