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Sindicato protesta em frente à Schutz na Oscar Freire contra trabalho escravo

Ato cobrou esclarecimentos sobre trabalhadores que foram encontrados em situação de escravidão numa confecção na Zona Leste; entre os itens apreendidos no local estavam peças da marca 

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 15h10 - Publicado em 12 mar 2014, 12h04
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  • A loja Schutz da Rua Oscar Freire foi alvo nesta quarta-feira (12), ao meio-dia, de uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. A ação cobrou esclarecimentos sobre a descoberta de dezessete trabalhadores peruanos em situação de escravidão numa confecção no bairro de Cangaíba, na Zona Leste.

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    Os trabalhadores foram encontrados durante uma operação realizada na última sexta-feira (7) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que contou com a participação do Consulado do Peru em São Paulo. Um peruano, que fugiu do local após ser agredido pelo dono da confecção, fez a denúncia. Entre os itens apreendidos no local estavam peças da marca.

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    O protesto desta quarta reuniu cerca de 20 pessoas na frente do estabelecimento e durou por volta de uma hora. O movimento dentro da loja, entretanto, permaneceu inalterado, com clientes entrando e saindo durante toda a manifestação.

    Em nota divulgada à imprensa, a Schutz diz que “repudia qualquer violação a leis trabalhistas ou aos direitos humanos, e está à inteira disposição das autoridades para colaborar com quaisquer esclarecimentos”. A marca, reconhecida pela confecção de calçados, também afirma que o fornecedor denunciado não tinha relação alguma com a feitura destes produtos e, sim, com a produção de roupas de uma linha menor da Schtuz. Os calçados, de acordo com a marca, são feitos por ela numa fábrica em Campo Bom, no Rio Grande do Sul.

    Segundo relataram em depoimento, os trabalhadores encontrados pelo Ministérios do Trabalho e Emprego eram vigiados por câmeras de segurança, faziam jornadas exaustivas, não tinham descanso semanal e saíam da confecção apenas para dormir em um alojamento vizinho ao local de trabalho.

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    “Constatamos também a condição de servidão por dívida, já que os donos custearam a vinda deles para São Paulo e eles ficaram devendo esse dinheiro. A situação trabalhista é absurda e nesse caso temos também a questão criminal”, explicou o chefe estadual de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Marco Antonio Melquior. Participaram ainda da ação a Polícia Civil, o Ministério Público do Trabalho, a Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania e a Defensoria Pública Federal.

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    Na oficina foram apreendidas também notas fiscais, documentos, computadores e peças de roupas para análise. Entre os itens encontrados estavam peças das marcas Schutz e de outras três grifes da região do Bom Retiro: Unique Chic, Hit e Forma Fashion.

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    “Organizamos a primeira manifestação na Oscar Freire, pois a Schutz é a marca mais popular entre as consumidoras e muitas vezes elas não fazem ideia da situação em que os produtos caros da loja são fabricados”, diz Josimar Andrade, diretor do sindicato.

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