Cerca de 400 pessoas são esperadas em uma passeata que vai acontecer no sábado (8), em Interlagos, na Zona Sul da capital. Organizado por ONGs e movimentos pela justiça e paz, o protesto quer chamar a atenção do poder público para a adoção de medidas mais rigorosas para evitar tantos casos de violência.
A saída está marcada para as 11 horas da Avenida Interlagos 5.800, local onde a estudante Gabriel Teixeira de Souza, de 17 anos, foi assassinada em maio do ano passado. Gabriela estava no ponto de ônibus e ia para a igreja quando um homem a esfaqueou no pescoço.
Outros casos
Nos últimos dois meses, casos de latrocínio tiveram grande repercussão na cidade e no estado de São Paulo. Na última segunda-feira (3), o auxiliar Eduardo Paiva, de 39 anos, foi morto após reagir a um assalto a poucos metros do Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis, onde trabalhava. Quando o criminoso fugia, indo em direção a uma moto que já o aguardava, o auxiliar segurou sua perna e foi atingido. A vítima foi levada para a Santa Casa, em Santa Cecília, mas não resistiu.
Em abril, o estudante Vitor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto depois de ter entregado o celular ao assaltante, na frente do prédio onde morava, no Tatuapé.
Pouco mais de um mês depois, o também estudante Bruno Pedroso Ribeiro, de 23 anos, foi baleado no pescoço próximo à PUC-SP, onde estuda, mas conseguiu sobreviver. Na mesma noite, o balconista Ediomario dos Reis Silva, 22, foi assassinado em Pinheiros, por latrões que levaram sua mochila e o celular.
No interior do estado, dois dentistas, Cinthya Magaly Moutinho de Souza e Alexandre Peçanha Gaddy, foram mortos queimados depois de tentativas de assalto.
No ano passado, um caso em Higienópolis gerou indignação dos moradores do bairro. A estudante Caroline Silva Lee, de 15 anos, foi morta depois de uma tentativa de assalto na Rua Sabará. Dias depois, cerca de 50 pessoas protestaram contra a violência.