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Protesto na Paulista pede impeachment de Dilma e punição a corruptos

Cerca de 5 000 manifestantes se dividiram entre os que queriam intervenção militar e os que pediam a saída da presidente

Por Alessandra Freitas
Atualizado em 5 dez 2016, 13h44 - Publicado em 6 dez 2014, 19h01
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  • Um grupo de aproximadamente 5 000 manifestantes se reuniu neste sábado (6) na Avenida Paulista para protestar contra a corrupção no governo atual. Alguns pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, entoando gritos de “fora PT” e “muda, Brasil!”. Outros carregavam cartazes a favor da intervenção militar no país.

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    O protesto, que teve início às 15h, se concentrou no vão livre do Masp e na calçada em frente ao Parque Trianon. O carro que representava o movimento Brasil Livre convocou os manifestantes para uma passeata até a Praça Roosevelt, no centro da cidade.

    A professora Kátia Gomes, uma das que defendiam a intervenção militar, afirmou que gostaria de ver o Exército no poder por um período. Segundo ela, todos os setores do governo estão corrompidos, e essa seria a única solução para livrar o país da corrupção. Ela negou que houve ditadura militar no país após o golpe de 1964: “O que houve foi um regime de exceção”.

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    Com discurso no mesmo tom, o construtor civil Marques Alves afirmou que o país está corrompido. Ele também defendia a volta dos militares. “Não tem como saber se há alguém do PT infiltrado aqui”, disse.

    Nem todos, no entanto, engrossavam o mesmo coro. A aposentada Brígida Costa insistia nos gritos de “democracia” e “intervenção militar, não”. Argumentava com outros manifestantes que a volta do Exército seria uma “bobagem”.

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    Ao longo do protesto, foi possível ouvir dos porta-vozes do movimento a favor da ditadura que esse período não matou ninguém, apenas “bandidos, vagabundos e comunistas”. De chapéu e camisa do Brasil, Carlos Alberto Augusto, um ex-delegado do Dops, era um dos mais exaltados. “Os comunistas me chamavam de Carlinhos Metralha, mas meu apelido é Carteira Preta”, conta. Ele trabalhou durante o regime militar como investigador de polícia e diz ter prendido comunistas com “muito orgulho”.

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    Com um cartaz luminoso nas mãos, também contra a presidente, o estudante Leonardo Zenzen disse que sua participação era para lutar contra a mudança da PLN 36, alteração da lei de diretrizes orçamentárias. Para Leonardo, essa lei só irá esconder o fato de Dilma ter estourado o orçamento do país.

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