Lançada em 2019, a plataforma Mais Vívida tem colaborado para ajudar idosos a combater a solidão e cumprir tarefas domésticas durante a quarentena. Criada para conectar jovens voluntários a pessoas da terceira idade – carinhosamente chamadas de “mais vividas” pelos idealizadores –, a iniciativa passou a funcionar gratuitamente e apenas em atendimento remoto após o surto do novo coronavírus.
Viviane Palladino, uma das fundadoras, conta que a plataforma teve crescimento de 700% nos cadastros de idosos após o início da quarentena no país. “Pela primeira vez, as empresas e pessoas estão entendendo a real necessidade do ser humano de se relacionar, construir vínculo, amar, sorrir e ajudar uns aos outros”, defende. “Neste período, estamos frágeis e precisando ser acolhidos mental e socialmente, mesmo que à distância.”
A rede colaborativa recruta voluntários dispostos a ajudar com tarefas como a compra de remédios e alimentos, ensinar como instalar aplicativos no celular ou simplesmente fazer companhia por meio de ligações telefônicas, mensagens e videochamadas.
Criado em uma conclusão de curso, o projeto foi pensado por três sócios. “E os três tinham histórias pessoais ligadas aos idosos”, relembra Viviane. “A visão em comum era que, em geral, (os idosos) não tinham a vida que mereciam. O mercado, as empresas e os próprios familiares os tratavam como doentes, sempre com foco em cuidadores, remédios, itens de tratamento e equipamentos hospitalares.”
Para ser voluntário, basta preencher um cadastro neste formulário. E, para os idosos que quiserem receber alguma ajuda, o cadastro e solicitação dos serviços devem ser feitos neste endereço ou pelo site do projeto.